Como todo bom avaiano amo odiar o Figueirense. Mas é um ódio zoeiro. Não é um ódio de verdade. É na verdade o de ser do contra. Como minhas cores são azul e branco não gosto do preto, branco e verde. Admiro muitas coisas em nosso adversário mais íntimo. A forma como foi próspero na era Prisco Paraíso, como sua torcida é apaixonada. E como são bons de tirar sarro, quando não vão bem, da mesma forma que fazem conosco. Vejo esta rivalidade como saudável. Pois quando os sucessos de nosso time não trazem a alegria, os infortúnios do adversário o fazem. E confesso que tenho pavor de jogar contra vocês. Medo este que não se repete contra outro adversários. Pois a cada noventa minutos de embate os deuses dos esportes se divertem com a imprevisibilidade destes embates. Quem está bem ou mal, nestas ocasiões, não conta nada no resultado. A única regra que consigo perceber é que quando o jogo é no Escarpeli o favorito é o Avai, quando na Ressacada, tem mais chances o Figueirense.
Uma vez explicado meus sentimentos no parágrafo anterior, quero nesta data desejar meus cumprimentos ao Furacão do Estreito pela comemoração de seu centenário. Meu carinho a sua apaixonada torcida, seus atletas e sua diretoria. Que durem mais 100 anos, para que possam dando alegria a sua torcida e a nossa. Como sempre foi.
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